Por Debora Rocco (Magia Bruxa)
Folhas, Flores e Frutos de um Novo Amanhecer
Um amanhecer que já vai longe em seus passos mas que demora em aparecer, em se fazer visível; a Noite Escura estende suas garras em uma inútil tentativa por aprisionar o novo dia.
Os tempos encerram-se em si mesmos, menos o presente, pois ele pode tomar outras direções, pode romper com o passado e determinar outro futuro mais ameno para quem se atreve a fazê-lo.
O presente se move na vertical, nos proporcionando a possibilidade de “n” escolhas: entre o micro e o macro cosmos, entre o Universo e nós, entre a Luz e as Sombras… Entre voar a um novo destino ou se afundar no que não pode ser.
Só no presente somos livres, e nessa liberdade radica nossa vida, mas é de grande responsabilidade o fato de ser livre, porque isso nos torna o que queremos Ser a partir de nós mesmos e não do que nos foi imposto pelo passado.
O passado é uma grande teia de aranha e não é fácil se soltar dela, pois nosso eu passado cria nosso eu presente e o ata na teia em uma tentativa de proteção e segurança; isso gera um vazio no futuro e deixamos de viver por medo e insegurança.
Melhor viver presos na teia do passado que se arriscar e se machucar (pensamos).
Essa teia é feita pelas nossas crenças, pelos nossos temores, pelos nossos medos. Medo de mudar, medo de caminhar, medo de se mostrar, medo de ser criticado, medo de não ser aceito.
Medo de não cumprir com as expectativas dos outros, medo de ser originais, medo de não ser como os outros, medo de não pertencer a uma “tribo”, medo, medo, medo…
Medo da separação e da morte, mas ironicamente é tudo isso o que nos mantêm afastados de tudo e de todos; é esse emaranhado de medos que nos mantêm presos no passado, nos impedindo de viver o presente, destruindo assim nosso futuro.
- Como se livrar da teia?
-Como romper com ela?
Fazendo, atuando, se mostrando, aparecendo, ressurgindo… Renascendo!
Não se pode mudar o passado no passado, mas sim se pode mudá-lo no presente, com vontade, com a nossa vontade para o nosso Caminho.
-Antes era assim, mas agora no presente podemos fazer diferente, diferente do que era para ser e não queremos ou não nos serve.
A grandes problemas, grandes soluções, uma reviravolta se faz necessária para romper com o passado e plantar um futuro desejado.
Cada um deve honrar seus ancestrais, mas isso não significa viver como eles, porque a Vida precisa seguir seu curso segundo a Lei de Renovação.
Sempre procuramos a segurança e o conforto; sair da teia, romper com ela significa romper com essas duas coisas, com esse estado do ser.
É seguro viver no medo, atado ao passado, é confortável não se mexer, é seguro evitar ser julgados pelos nossos atos, para isso só precisamos da imobilidade que a teia nos proporciona.
Mas essa imobilidade nos leva à cristalização e primeiro morremos interiormente pela não-vida que escolhemos, depois a morte nos alcança e nos leva em seus braços para o seio da Mãe Terra, para que possamos nos reconstruir e tentar uma vez mais criar uma espiral de vida real, um caminho reto e sem final, um caminho rumo à imortalidade do corpo e da Alma, mas não do espírito porque ele é a pequena aranha que tece a teia, era após era prendendo nosso presente, se alimentando de nossa energia mais densa: o medo!
Porque ele tem medo, medo de deixar de existir, de deixar de ser.
Ele é nosso espelho e o medo é reflexo do medo dele, então é preciso se livrar das ataduras do passado, é preciso deixar de ser o reflexo das experiências anteriores para poder criar um novo caminho de evolução.
Imagens: Rodrigo_Soldon – M. Martin Vicente – Herbolario Allium – JKroz
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